Os
diretores do Presídio de Itabuna SD Bernardo Dutra e o Major Gilson
Paixão responderam a perguntas dos ouvintes do Programa o Crime Não
Compensa (Rádio Difusora AM) apresentado por Oziel Aragão, aos
questionamentos de parentes de internos e como as duas armas apreendidas
no último dia 25, entraram naquela unidade prisional.
Em relação
às denúncias de abuso de autoridade, comida estragada e falta de visitas
para os cerca 1050 presos, ambos alegaram não existir violência alguma
no Presídio. “Caso alguém tenha dúvida, procure diretamente a direção ou
informe ao advogado do interno ou o Ministério Público, verão que não
existe abuso”, esclarece os diretores.
Questionados
sobre as armas apreendidas após o motim entre cerca de 600 presos no
mesmo pavilhão, Dutra e Paixão afirmaram que, possivelmente os dois
revólveres foram colocados lá dentro numa gestão anterior. “Temos quase
certeza que essas armas já estavam lá”, informa.
De acordo com os
diretores, as armas brancas apreendidas, facas, facões e chuchus, na sua
maioria são feitas de forma artesanal. “Já providenciamos destruir
todas as camas com base de ferro no concreto para evitar essa brecha e
outras armas serem encontradas no futuro”, explica.
Os
diretores ainda foram mais longe, adiantando que é possível a
participação de funcionários do Presídio para facilitar entrada de armas
ou qualquer outro objeto não autorizado, por isso uma investigação está
andamento. “Temos 90 por cento do nosso pessoal todo capacitado, porém,
não está descartada a participação de empregados”, revela.
Morte e feridos
No
último dia 25 de maio, 2013, um homem identificado como “Papi” foi
morto com golpes de faca e chuchus. Outras seis pessoas focaram feridas
durante o motim. Para conter os ânimos dos presos, foi necessário a
intervenção do Pelotão de Choque de Salvador, CIPE/Cacaueira e policiais
lotados do 15º Batalhão de Itabuna. De lá pra cá, o clima é sempre
tenso entre presos e autoridades.
Motivação
Em 13 de março desse ano, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) da Bahia transferiu seis presos, líderes de quadrilhas rivais que comandavam o tráfico de drogas na região cacaueira de dentro do Conjunto Penal de Itabuna, para a penitenciária federal de Campo Grande. Na mesma ocasião foi anunciado o fim de duas facções criminosas denominadas Raios A e B.
Os seis transferidos foram Bartolomeu Rocha Mangabeira, o “Bartô”, Sidimar Soares dos Santos, o “Bolota”, Jackson Vicente Pereira, o “Jack Bombom”, Fábio Santos Possidônio, o “Binho”, Erick Rocha de Almeida, o “Erick do Zizio” e Júnior Biano Gomes.
Numa mega operação jamais vista em Itabuna e região, foram envolvidos mais de 300 homens, das polícias Civil e Militar. O resultado foram 21 presos, sendo 17 com mandados de prisão e quatro autuados em flagrante com droga ou armas.
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