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terça-feira, 4 de junho de 2013

Diretores do Presídio de Itabuna afirmam que não existe ‘abuso’

Major Gilson e Dutra afirmam não existe abuso Foto: Tamirez Santana
Major Gilson e Dutra afirmam não existe abuso Foto: Tamirez Santana
Os diretores do Presídio de Itabuna SD Bernardo Dutra e o Major Gilson Paixão responderam a perguntas dos ouvintes do Programa o Crime Não Compensa (Rádio Difusora AM) apresentado por Oziel Aragão, aos questionamentos de parentes de internos e como as duas armas apreendidas no último dia 25, entraram naquela unidade prisional.
Em relação às denúncias de abuso de autoridade, comida estragada e falta de visitas para os cerca 1050 presos, ambos alegaram não existir violência alguma no Presídio. “Caso alguém tenha dúvida, procure diretamente a direção ou informe ao advogado do interno ou o Ministério Público, verão que não existe abuso”, esclarece os diretores.
Presos no pátio do presídio durante revista
Presos no pátio do presídio durante revista
Questionados sobre as armas apreendidas após o motim entre cerca de 600 presos no mesmo pavilhão, Dutra e Paixão afirmaram que, possivelmente os dois revólveres foram colocados lá dentro numa gestão anterior. “Temos quase certeza que essas armas já estavam lá”, informa.
De acordo com os diretores, as armas brancas apreendidas, facas, facões e chuchus, na sua maioria são feitas de forma artesanal. “Já providenciamos destruir todas as camas com base de ferro no concreto para evitar essa brecha e outras armas serem encontradas no futuro”, explica.
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Os diretores ainda foram mais longe, adiantando que é possível a participação de funcionários do Presídio para facilitar entrada de armas ou qualquer outro objeto não autorizado, por isso uma investigação está andamento. “Temos 90 por cento do nosso pessoal todo capacitado, porém, não está descartada a participação de empregados”, revela.

Morte e feridos
No último dia 25 de maio, 2013, um homem identificado como “Papi” foi morto com golpes de faca e chuchus. Outras seis pessoas focaram feridas durante o motim. Para conter os ânimos dos presos, foi necessário a intervenção do Pelotão de Choque de Salvador, CIPE/Cacaueira e policiais lotados do 15º Batalhão de Itabuna. De lá pra cá, o clima é sempre tenso entre presos e autoridades.
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Motivação
Em 13 de março desse ano, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) da Bahia transferiu seis presos, líderes de quadrilhas rivais que comandavam o tráfico de drogas na região cacaueira de dentro do Conjunto Penal de Itabuna, para a penitenciária federal de Campo Grande. Na mesma ocasião foi anunciado o fim de duas facções criminosas denominadas Raios A e B.
Os seis transferidos foram Bartolomeu Rocha Mangabeira, o “Bartô”, Sidimar Soares dos Santos, o “Bolota”, Jackson Vicente Pereira, o “Jack Bombom”, Fábio Santos Possidônio, o “Binho”, Erick Rocha de Almeida, o “Erick do Zizio” e Júnior Biano Gomes.
Numa mega operação jamais vista em Itabuna e região, foram envolvidos mais de 300 homens, das polícias Civil e Militar. O resultado foram 21 presos, sendo 17 com mandados de prisão e quatro autuados em flagrante com droga ou armas.



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