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quinta-feira, 19 de junho de 2014

Chilenos que invadiram Maracanã terão que deixar o país, diz ministério

PF deu 72 horas para saída; após o prazo, podem ser deportados.
Segundo a Seseg, 85 torcedores foram detidos após a invasão.

Do G1 Rio
Chilenos invadem Maracanã (Foto: Bruno Kelly/A Crítica/Estadão Conteúdo)
'Stewards' vão atrás dos invasores já no gramado (Foto: Bruno Kelly/A Crítica/Estadão Conteúdo)


A Polícia Federal deu prazo de 72 horas para que deixem o país os 85 torcedores do Chile detidos por invadirem o Maracanã, na Zona Norte do Rio, nesta quarta-feira (18). Segundo o Ministério da Justiça, caso não cumpram a notificação, os torcedores estrangeiros estarão sujeitos à deportação sumária pela PF, com respaldo no Estatuto do Estrangeiro.
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A invasão ocorreu momentos antes do jogo entre Espanha e Chile. Segundo a Secretaria de Segurança, 88 pessoas foram levadas, em três ônibus, para a Cidade da Polícia, no Jacaré, Subúrbio, onde chegaram às 18h05. Três deles eram argentinos, levados como testemunha (inicialmente, a secretaria informou que 90 haviam sido detidos. A informação foi corrigida para 85 no fim da tarde). Um representante do consulado chileno foi para o local. Por volta das 21h30, todos foram levados para a sede do consulado, no Flamengo, na Zona Sul.
Três ônibus levaram detidos para a Cidade da Polícia (Foto: Henrique Coelho / G1)
Três ônibus levaram detidos para a Cidade da
Polícia (Foto: Henrique Coelho / G1)
Durante a invasão, na altura do portão 9 da entrada B, houve muita correria e gritos na área, onde trabalham os jornalistas no estádio. Segundo relatos do Globoesporte.com, torcedores forçaram uma das grades da cerca que protege a área. Duas paredes foram derrubadas. O grupo foi contido pelos "stewards" (seguranças particulares da Fifa).
Depois de controlados, todos foram colocados sentados no chão e, em seguida, conduzidos por PMs do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) para a delegacia.
Em comunicado, a Fifa disse que a invasão foi feita de “forma violenta”, “quebrando cercas e passando pela segurança”. “Os organizadores da Copa do Mundo da FIFA condenam esses atos de violência e irão comunicar em breve mais informações e as medidas a serem tomadas.”
Ainda de acordo com o GE.com, funcionários do Comitê Organizador Local (COL) informaram que os chilenos circulavam pela área e alguns afirmaram precisar de atendimento médico, distraindo parte das autoridades antes da invasão.
 
Ingressos que chilenos tentavam vender (Foto: Marcelo Elizardo / G1)
                                                 Ingressos que chilenos tentavam vender
                                                           (Foto: Marcelo Elizardo / G1)
Chilenos invadem área de imprensa no Maracanã (Foto: GASPAR NOBREGA/INOVAFOTO/ESTADÃO CONTEÚDO)
                                                              Cambistas chilenos
Também nesta quarta, seis chilenos foram detidos tentando vender ingressos por preços acima do comprado. Segundo a Polícia Civil, eles queriam R$ 1,6 mil por cada uma das cinco entradas – três para Espanha x Chile e duas para Bélgica x Argélia, mesmo o segundo jogo tendo ocorrido na terça (17). Um americano também foi detido por tentar comprar bilhetes. De acordo com um policial, eles queriam que a venda fosse feita em dólar. O G1 tentou conversar com os detidos, mas eles não quiseram dar entrevista.
Problemas no 1º jogo
O primeiro jogo no Maracanã também teve invasão, mas de um grupo menor de torcedores. As invasões apontam falhas no sistema de segurança, já que há barreiras policiais em ruas no entorno do estádio, onde só passam torcedores com ingressos ou credenciados.
Estes são os primeiros problemas relatados com chilenos que chegaram ao Rio para acompanhar a Copa. O consulado do Chile não soube informar quantos torcedores estão na capital fluminense. Somente em um acampamento em Itaboraí, na Região Metropolitana, estão dois mil torcedores. Foram necessários 30 ônibus para levar todos para o Maracanã.
 
Chilenos invadem área de imprensa no Maracanã (Foto: Gaspar Nobrega/Inovafoto/Estadão Conteúdo)
Chilenos detidos Maracanã (Foto: Frank Augstein/AP)Chilenos detidos Maracanã (Foto: Frank Augstein/AP)
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