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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

BAHIA: Presos mais suspeitos de contratos ilegais entre ONG, prefeitura e Uneb

2 foram presos e outros sete mandados de busca e apreensão cumpridos.

Investigações começaram em 2012; seis já foram presos provisoriamente.

Do G1 BA
Polícia prende mais pessoas na segunda etapa da Operação Prometheus. (Foto: Divulgação/ SSP-BA)Polícia prende suspeitos de envolvimento em desvio
de verba municipal na segunda etapa da
Operação Prometheus. (Foto: Divulgação/ SSP-BA)
Dois mandados de prisão, e outros sete de busca e apreensão, foram cumpridos em uma segunda etapa a "Operação Prometheus", realizada pela Polícia Civil nesta quarta-feira (13).
A operação investiga desvio de verbas municipais da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, com participação da Organização Não Governamental (ONG) Pierre Bourdieu e de servidores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb).
Hane Adrielle Sanches Alves e Patrícia Santos Ramos, funcionárias vinculadas à Secult à época dos desvios, foram presas nesta quarta-feira, suspeitas de participação na lavagem do dinheiro público. Na conta bancária das duas, foram encontrados valores que deveriam ser utilizados para prestação de serviços e aquisição de material para a educação e capacitação de profissionais da área. A polícia indica que houve desvio de verbas. A análise dos equipamentos e documentos apreendidos na primeira fase da operação, deflagrada no mês de agosto do ano passado, levou à identificação das “laranjas” e de outros suspeitos investigados.
Além das duas mulheres apreendidas, quatros funcionários ligados à Secretaria de Cultura e o ex-reitor da UNEB, Lourisval Valentim da Silva, foram alvos de busca e apreensão. A Polícia Civil investiga a participação destas pessoas na fraude.De acordo com a delegada Susy Brandão, que participa da investigação, as planilhas apreendidas mostram o superfaturamento da ONG com o dinheiro do município e irregularidade fiscal. Segundo ela, foram constatados mais de 100 fornecedores que emitiram notas fiscais fraudulentas de serviços prestados e de materiais comprados sem comprovação da Secretaria Municipal da Fazenda.

Entre os itens recolhidos estão, computadores, notebooks, pen drives, celulares, além de notas ficais. No total, cinco convênios e um aditivo celebrados entre 2011 e 2012 com a ONG Pierre Bourdieu e a UNEB giram em torno de R$ 120 milhões. O valor desviado ainda é investigado. A polícia estima que pelo menos 20% do total foram aplicados indevidamente, através de notas fiscais “frias” e de superfaturamento.
Prometheus
As investigações tiveram início em 2012, quando um ex-integrante da ONG Pierre Bourdieu denunciou a falsificação do seu nome em um documento referente às eleições da entidade. Desde então, a instituição é alvo de investigação da Polícia Civil e do Ministério Público.

Em agosto do ano passado, a polícia cumpriu mandado de prisão temporária contra o presidente da ONG, Dênis de Carvalho Silva Gama, dois diretores, Rubens Antônio Almeida e Michel Souza Silva, e o contador Petter Souza Silva.  Na ocasião, Ítalo Menezes,  dono da Multi Comercial,  uma das empresas que forneciam notas fiscais para o esquema, também foi detido.

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